A MAIORICENSIS SCHOLA LULLISTICA é uma associação internacional dedicada ao estudo de Ramon Llull, do lulismo e da cultura medieval. Foi fundada no ano 1935 por Francesc Sureda Blanes, sob o nome de Escola Livre de Lulismo, com a finalidade de ser para os países catalães o que era a Universidade de Verão de Santander para os castelhanos. Em agosto de 1935 os que assinaram o primeiro estatuto (Francesc Sureda Blanes, Josep Quint-Zafortesa, Josep Ensenyat, Mn. Antoni Pons e Antoni Rosselló) e Guillem Colom constituíram o Conselho Econômico, que deveria realizar as tarefas mais importantes da Escola.

A Escola Livre de Lulismo funcionou até 1942 e suas atividades mais importantes foram a criação da revista Mediterraneum, as gestões, a través da intermediação de Francesc Cambó, para a compra do castelo de Miramar de Valldemosa para sede da Escola e a realização de quatro cursos sobre Ramon Llull e o lulismo. Duas idéias básicas dominavam a ideologia da Escola: um regionalismo burguês, que defendia a maiorquinidade, a mediterraneidade, o medievalismo e o europeísmo, e um catolicismo elitista e intelectual. No ano 1937 a Escola adotou um compromisso eclético com o Movimento do General Franco, mesmo rejeitando a sua ideologia. Sureda Blanes foi desterrado para Burgos e alguns lulistas foram perseguidos por separatistas.

No ano 1942 Sureda Blanes retornou a Palma de Maiorca e restaurou a Escola com o nome de MAIORICENSIS SCHOLA LULLISTICA , adscrita, como centro da Igreja maiorquina, ao Direito Canônico (1943). Sureda Blanes foi nomeado o primeiro reitor e continuou os cursos lulistas, fundou a revista Studia Monographica et Recensiones (1947-1955) e integrou a Escola no Consejo Superior de Investigaciones Científicas (1949-1983) do Estado Espanhol. À morte de Sureda Blanes foi eleito reitor Sebastià Garcias Palou (1956-1987). Durante esta etapa a Escola lulista perdeu seu caráter acadêmico transformando-se num centro de pesquisa. Criou a revista Estudos Lulianos (1957-1990), convertida atualmente em Studia Lulliana . Celebraram-se os Congressos Internacionais de lulismo em Formentor (1960) e Miramar (1976), nos quais participaram medievalistas da Asociación Española para el estudio de la Filosofía Medieval e editou os cinco primeiros volumes da coleção Opera Latina R. Lulli (1959-1967).

Em 1987 foi eleito reitor Sebastià Trias Mercant. Reformaram-se os estatutos para ajustá-los à nova situação política e a Escola consolida seu caráter internacional integrando-se na Féderation Internationale des Instituts d'Études Médiévales (1989). En 1993 é eleito reitor Jordi Gayà. Atualmente exerce as funções de reitor Anthony Bonner. São membros da Escola setenta e oito lulistas e medievalistas procedentes de Espanha, Itália, França, Inglaterra, Alemanha, Estados Unidos, Canadá e Egito.

Conforme reza o art. nº 26 de seus Estatutos, a Maioricensis Schola Lullisitica concederá ó título de Magister a professores ou pesquisadores no campo do lullismo ou da cultura medieval ou a pessoas que tenham protegido de modo especial a investigação lullística. Os Magistri constituirão os Membros da Maioricensis Schola Lullisitica

A relação dos membros, falecidos e vivos da Schola são os seguintes: