Esta
Cronologia, com alguns acréscimos, é a apresentada
por Lola Badia e Anthony Bonner em RANDA, 19, que por sua vez
foi elaborada com base na de J. N. Hillgarth e M. Batllori.
1229 |
Jaume I de Aragão ocupa
Maiorca. |
1230-50 |
Entrada de Averroes nas universidades
do Ocidente. |
1232 |
Nascimento de LÚLIO em Maiorca. |
1235-84 |
Sigério de Brabante. |
1240 |
Roberto Grosseteste traduz a Ética de Aristóteles. |
1243 |
Nascimento, em Montpellier, de Jaume de Maiorca, segundo
filho de Jaume I de Aragão. LÚLIO tornar-se-á seu
amigo, primeiro como preceptor, depois como senescal. |
1248-54 |
Primeira cruzada do rei Luis da França. |
1248-55 |
Magistério de São Boaventura em Paris. |
1252-59 |
Magistério de São Tomas de Aquino em Paris. |
1257 |
Casamento de LÚLIO com Blanca Picany com a qual tem
dois filhos: Domingos e Madalena. |
1260-327 |
Mestre Eckhart. |
1262 |
Jaume de Aragão decide fundar o Reino de Maiorca,
que inclui o Roussillon e o Senhorio de Montpellier, para seu
segundo filho. |
1263 |
Os Papas Urbano IV e Gregório XI publicam decretos
proibindo o ensino de Aristóteles nas universidades. |
1263 |
Conversão de LÚLIO. Peregrinação
a Santiago de Compostela e Rocamdor. |
1265(66) |
Nasce em Maxton-on-Tweed Duns Scot. |
1265-321 |
Dante. |
1265-74 |
Anos de formação de LÚLIO
em Maiorca e na Abadia cirtercense da Real. LÚLIO estuda árabe
com um escravo que se suicidará. |
1266-68 |
Rogério Bacon escreve o Opus majus,
opus minus, opus tercium. |
1271-74 |
Escreve as primeiras obras: a Lógica
de Gatzel, em versão metrificada, e o Libre
de contemplació en Déu. As duas obras
foram escritas primeiro em árabe e depois em latim. |
1274 |
Revelação na montanha de Randa.
LÚLIO concebe um método ou sistema de unificação
de todos os saberes que chamará de Arte. A
primeira denominação da Arte foi Ars abreujada
d'atrobar veritat, Arte breve para encontrar a verdade.
LÚLIO tem aproximadamente 42 anos. |
1275 |
Jaume de Maiorca convoca LÚLIO a Montpellier
e submete suas obras a um perito franciscano que as aprovará. |
1275-76 |
LÚLIO separa-se definitivamente de
sua esposa. |
1276 |
No dia 26 de julho morre Jaume I e o príncipe
Jaume é coroado rei de Maiorca. |
1276 |
No dia 17 de outubro uma bula do Papa confirma
a fundação do Mosteiro de Miramar, em Maiorca,
subvencionado por Jaume de Maiorca. Nele, treze franciscanos
estudam a Arte e a língua árabe. Provavelmente
1275-85 LÚLIO escreve o Livro do amigo e do Amado. |
1276-87 |
Anos sem documentação. |
1277 |
Condenação no dia 7 de março
das doutrinas tomistas e averroístas por Estêvão
Tempier, bispo de Paris. Kilwardby, arcebispo da Cantuária,
algumas semanas mais tarde, condena as mesmas teses. |
1282 |
Vésperas sicilianas. |
1283 |
LÚLIO escreve a Ars demonstrativa,
segunda formulação da Arte a base de
combinações de quatro elementos. Escreve também
a primeira novela de reforma social, o Llibre d'Evast
i Blaquerna. |
1285 |
Jaume II perde Maiorca, que não recuperará até 1298.
Durante este período, traslada a Corte a Perpignan e
a Montpellier. LÚLIO freqüentará essas cidades. |
1287 |
Primeira visita de LÚLIO à Corte
Papal. Não consegue nada, porque o Papa Honório
IV morre no dia 3 de abril. |
1275-85 |
LÚLIO escreve o Livro da Ordem
de Cavalaria, a Doutrina pueril, o Blaquerna. |
1287-89 |
Primeira estadia de LÚLIO em Paris.
lê publicamente a Ars e visita a Corte de Felipe
IV o Belo. Tomás Le Myésier torna-se discípulo
de LÚLIO, que agora está com 55 anos. Redige
o Felix ou Livro das Maravilhas, narrativa das viagens
em parte alegóricas de um homem que procura a verdade
entre as confusões deste mundo. |
1289 |
LÚLIO reside em Montpellier e envia una
coleção de escritos seus ao duque de Veneza. |
1289 |
A experiência docente mostra a LÚLIO
que a versão atual da Arte é difícil
de manipular. Escreve a Art inventiva, baseada num
sistema combinatório de três elementos. |
1289 |
No dia 26 de outubro o general dos franciscanos,
Raimon Gaufredi, autoriza LÚLIO a pregar nos conventos
italianos. Contatos de LÚLIO com os espirituais. |
1291 |
A Cristandade perde São João de
Acre. |
1291-2 |
LÚLIO traslada-se a Roma e dedica ao
Papa Nicolau IV seu primeiro livro sobre as cruzadas. |
1292 |
Morre o Papa Nicolau IV o dia 4 de abril. |
1292-3 |
Viagem a Gênova, onde, aos 60 anos, LÚLIO
sofre uma forte crise psicológica. Empreende sua primeira
viagem a África, na Tunísia. |
1293-4 |
LÚLIO na Tunísia. A viagem termina
com a expulsão de LÚLIO do país. |
1293-7 |
Duns Scot na Universidade de Paris. Segundo
uns historiadores, deixou Paris no mês de julho; segundo
outros, no dia 25 de fevereiro de 1298. |
1294 |
Estadia de em Nápoles durante o breve
pontificado e abdicação do Papa Celestino V.
LÚLIO dirige-lhe a Petição a Celestino
V. Redige também a Tabela general, nova
formulação da segunda versão da Arte.
Eleição do Papa Bonifácio VIII. |
1295-6 |
LÚLIO em Roma e Agnani. Redige a Petição
a Bonifácio VIII , o Árvore da Ciência,
e o Desconhort. |
1297 |
LÚLIO em Montpellier. Bonifácio
VIII canoniza o avô de Felipe o Belo, o rei São
Luis. |
1297-9 |
Segunda estadia de LÚLIO em Paris. Dedica
a Felipe IV o Belo e à rainha Joana o Árvore
da filosofia do Amor, tratado místico que contém
fragmentos novelados de grande interesse literário.
Também tem um tom místico a Contemplatio
Raimundi. Ao público universitário dirige
a Declaratio per modum dialogi edita contra aliquorum philosophorum
opiniones, o Tractatus Astronomiae, o Liber de geometria nova.
O Cant de Ramon é um breve poema lírico
que explica o drama e as esperanças de que então
estava com 65 anos. |
1299 |
LÚLIO em Barcelona dedica o Dictat
de Ramon e o Libre d'Oració a Jaume II. A Corte
aragonesa emana um documento a favor de LÚLIO. |
1300 |
Nasce Guilherme de Ockham no condado de Surrey. |
1300-3 |
Duns Scot volta como professor a Paris. Seus
contemporâneos: Guilherme de Falgar, Pedro João
Olivi, Ricardo de Middleton, Rogério Marston, Pedro
de Trabibus e Ghilhermo de Ware. Duns Scot deixa Paris o dia
28 de junho. |
1300-68 |
João Buridan. |
1300-1 |
Primeira longa estadia em Maiorca depois de
muitos anos. |
1302 |
LÚLIO em Chipre. Fracasso na sua tentativa
de atrair o rei para seus projetos. Encontra-se com o Grão
Mestre dos Templários. |
1302 |
Visita em janeiro a Pequena Armênia. Possível
visita a Jerusalém. e retorno a Gênova. |
1303 |
O dia 7 de setembro Nogaret e os aliados de Felipe
IV o Belo atacam Bonifácio VIII em Agnani. |
1304-7 |
Duns Scot volta a Paris onde fica até setembro
de 1307. |
1303-5 |
LÚLIO alterna Gênova e Montpellier. |
1303 |
Escreve o Liber de ascensu et descensu intellectus,
redigido em Montepellier no mês de março. Em abril
escreve o Liber de fïne, onde coloca ao rei Jaume
II de Aragão a necessidade de uma cruzada contra os
muçulmanos. A partir do dia 24 de junho começa
a receber uma pensão deste rei. Permanece em Barcelona
até setembro. Está presente na entrevista que
se celebra em Montpellier entre o novo Papa Clemente V e Jaume
II de Maiorca. O dia 14 de novembro LÚLIO assiste à coroação
de Clemente V em Lião e dirige em vão novas petições
a este Papa. |
1305-8 |
LÚLIO começa em Lyon e termina
em Pisa a Ars generalis ultima. |
1306 |
Terceira visita de LÚLIO a Paris. Está com
74 anos. |
1306-7 |
Permanece em Maiorca. |
1307 |
Segunda missão em Bugia, na África. É encarcerado
por seis meses e finalmente expulso. Naufraga perto de Pisa. |
1307 |
O dia 13 de outubro Felipe IV da França
apodera-se da Ordem dos Templários. |
1308 |
Morre Duns Scot em Colônia. |
1308-9 |
LÚLIO entre Pisa e Montpellier. Termina
a Ars generalis ultima , a versão definitiva
de sua Arte, e a mArs brevis. Escreve o Liber
clericorum, dirigido à Universidade de Paris. Intenta
promover uma cruzada desde Gênova. Em maio dedica desde
Montpellier a Ars Dei a Clemente V e a Felipe IV da França.
Provável encontro de com Arnau de Vilanova em Marsella. |
1309 |
O Papa Clemente V se instala em Avignon. |
1309 |
LÚLIO permanece em Montpellier. Carta
a Jaume II de Aragão. Escreve o Liber de perversione
entis removenda e o Liber de acquisitione terrae sanctae.
LÚLIO aceita a política de Felipe IV da França
sobre as cruzadas. Fracassa uma visita de LÚLIO a Clemente
V. Fracassa a cruzada de Jaume II de Aragão em Almeria. |
1309-11 |
Quarta e última estadia de LÚLIO
em Paris. Luta contra o averroísmo. Escreve umas trinta
obras de caráter polemico, muitas delas endereçadas
ao rei da França e com temas antiaverroístas.
Redige o Liber natalis parvi pueri Iesu, com tons
literários natalinos, e o Liber lamentationis philosophiae. |
1310 |
Quarenta mestres e bacharelandos em Artes e Medicina
aprovam a Ars brevis. Cartas de recomendação
de Felipe IV para LÚLIO. Escreve o Liber de modo
naturali intelligendi contra os que negam que Deus tenha
infinito vigor e que o mundo seja criado. Neste ano escreve
também o Liber reprobationis aliquorum errorum Averrois,
em julho, e a Disputatio Raimundi et Averroista, de outubro
a dezembro. |
1311 |
Em fevereiro escreve o Liber de syllogismis
contradictoriis . Realiza-se uma compilação
de obras lullianas na cartuxa de Vauvert. LÚLIO dita
sua Vita coetanea, documento autobiográfico
de importância capital. O chanceler da Universidade
de Paris aprova o pensamento lulliano. Escreve a Petitio
in concilio generali. A caminho do Concílio de
Vienne redige o poema Lo concili e o Phantasticus,
opúsculo onde se defende das acusações
que lhe dirigiam. |
1311-12 |
LÚLIO, aos 80 anos, assiste ao Concílio
de Vienne. |
1312 |
Permanece em Montpellier. Dante escreve o Inferno. |
1313-14 |
Permanece em Messina. |
1314-15 |
Última estadia de LÚLIO em África
do Norte. Traslada-se à Tunísia, onde dedica
obras ao rei e pede a Jaume II de Aragão um frade franciscano
para que o ajude a traduzir seus escritos ao latim. |
1316 |
LÚLIO morre, aos 84 anos, perto de Maiorca
voltando da Tunísia. Uma lenda piedosa, não desmentida,
supõe que foi lapidado. |
1323 |
Estêvão Borrète, bispo de
Paris, anula a sentença de Tempier. |
1324-28 |
Ockham é encarcerado em Avignon. |
1329 |
Condenação de mestre Eckhart. |
1350 |
Guilherme de Ockham morre em Munique. |
1450 |
Gutemberg abre uma oficina de impressão
em Magúncia. |
1450-537 |
Lefèvre d'Etaples. |
1463-94 |
Pico della Mirandola. |
1466-536 |
Erasmo de Roterdã. |
1470 |
Introdução da imprensa na Universidade
de Paris. |